segunda-feira, 21 de janeiro de 2013

O coração das Sombras - Apresentação


  Aqui têm o primeiro capítulo desta minha história! Logo no começo não é muito interessante, mas eu prometo que mais tarde se tornará algo que pelo menos vos fará pensar um pouco. Bem, pelo menos é essa intenção. Se alguém notar que os capítulos são demasiado grandes ou pequenos, por favor avisem. Não vos chateio mais. Faço figas para que gostem!
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É uma tarde leve, e uma brisa fresca e um sol acolhedor poderiam chegar para não pensar em mais nada, mas lá fora viaja uma folha vermelha, uma folha pequenina na qual ninguém repara pois a vida apesar de algo magnífico é muito curta para que alguns a possam apreciar. Reparem nela… O próprio sol deu-lhe um pouco da sua luz como de propósito por a estar a observar. Num momento repentino ela desce por entre as árvores e passa rente por entre os seus troncos como se os tivesse a desafiar, e então como se de um milagre se tratasse ela volta ao de cima passando por entre as copas de ramos que com o vento a saúdam. É lindo… ela voa, viaja,… mas ninguém lhe pergunta o que viu ou para onde vai. Está completamente sozinha, e mesmo nós quando lhe tirarmos os olhos de cima se no segundo a seguir ela arder completamente, a mais pura e triste das verdades, é que, não sentiremos a sua falta. Provavelmente será assim até o vento deixar de soprar para ela e a pequena folha cair no chão e deixar que a pisem; os seus ruídos serão então as histórias dos lugares por onde passou. Mas é ela que agora me observa. Passa por mim e eu continuo em frente no meu próprio caminho, uma rua de xisto improvisada por uma pequena vila. Apressava-me, lutando contra o tempo que dentro de poucas horas faria escurecer. Poderia fazer aquele caminho com uma venda posta só que quando alguém nos espera é sempre bom ter o sol nas costas para dar a impressão de que não demorámos muito tempo a voltar. Com uma pequena visão da vila fui abrandando o passo e não tardei a passar o posto de vigia que ficava numa das colinas atravessadas pelas pequenas muralhas á volta de um inexistente castelo. Podia ver praticamente toda a vila dali. Todos os seus habitantes pareciam atarefados, mas aquele era um lugar pequeno e havia no esforço das pessoas alegria e uma sensação de dever feito, pois sabiam bem que os seus esforços serviriam para se ajudarem uns aos outros. O guarda da vigia cumprimentou-me e apesar de toda a ansiedade que sentia para chegar o mais depressa possível, continuei a andar normalmente com o peito demasiado cheio de infinitas coisas que não me deixavam respirar quanto mais decidir a minha jornada. Uma parte de mim queria sair dali. Observei o brilho da relva que despontava ao longo das casas. Os campos naquele ano pareciam ter crescido bem. Fiquei algum tempo ali a pensar. Mas depois comecei a correr e a correr, ainda eu não tinha escolhido o meu destino. Acho que fora algo que ninguém me deu possibilidade de escolha. Este parecia que me conseguiria esconder da realidade e isso era algo que eu aceitaria às custas da minha vida. Corri ainda mais; apercebi-me de que tinha chegado a casa…  

Tátá

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